quinta-feira, 12 de agosto de 2010

* Aquilo que será sempre teu. *


"...você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressiva não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente"

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

Para Thaiuan.

Saiba que o que você conquistou, e o que despertou será sempre seu, nenhuma outra pessoa tirará de ti nem de mim aquilo que é teu!

Textos de Caio Fernando Abreu. (só pra te contrariar rs, vc não gosta desse tipo de leitura mas ele agora fala por mim..."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Da chegada do Amor!


Não sei precisar bem como foi.
Só sei que quando aconteceu meus olhos só enxergaram os rascunhos das coisas realmente belas, as violetas até então murchinhas, velhas, secas e esquecidas tornaram-se adornos de cabelo caríssimos, as meninas não choraram mais e as duas irmãs que estavam há cerca de 23 luas brigadas se abraçaram, o pássaro de peito azul celeste pousado na janela cantou mais alto, a poesia secreta guardada dentro do carinhos das mãos feito pela mãe despontou por todos os lados do mundo, a tonalidade do meu cabelo tornou-se quase-quase cor de amora, o peito ficou quente como se uma estufa a ele estivesse ligado, o quarto desarrumado, laranja, repleto de quinquilharias dispensáveis e empoeiradas, tornou-se verde "esperança", recebeu a Audrey sorrindo num quadro para enfeitar paredes que antes apenas escutavam chorinhos sufocados, o telefone passou a ligar para apenas um número, e me atrevo a dizer que é um número mágico esse, as unhas começaram a receber o cuidado que mereciam, ninguém mais foi triste.
Quando tu, menino dos (meus) sonhos, entraste aqui na minha vida... os meus lábios apenas sabem falar de amor.


Texto escrito por Arthur Brito. Fiz uma alteração no final mas nada que influenci a leitura.

Uma menina - mulher!


De pele morena...
sorriso de menina
olhar de mulher.
jeitinho de criança
de quem sabe o que quer
inspirada pela vida..
determinada por natureza..
sensual sem querer...
provocante ao saber..
que nas suas mãos estou..
e é por isso que és a dona do meu FLOW!

Texto escrito por Thiago Thaiuan, dedico a mim Nanna, a dona! rs

sexta-feira, 4 de junho de 2010

* Da conclusão *


Querida, eu bem sei que num mundo de coisas transitórias quase tudo que encontramos têm como limite a austera finitude.
Infelizmente o feijão não durará até o último dia do mês.
As andorinhas irão embora quando o verão findar.
Joana D´Arc a heroína acabará sendo considerada uma hora ou outra louca.
A infância de Sofia perdurará tempo necessário para que ela conheça o filho do vizinho do sétimo andar e se apaixone.
Deus um dia nota essa parca vontade, esperança e se cansa de todos nós.
As borboletas, não aquelas confeccionadas de asas de papel crepom e imaginação, duram apenas 24 horas.
O silêncio poético, reconfortador que mora no casebre abandonado terá seu fim quando invadido por vozes ríspidas, interesseiras, vazias, dominadoras que desejam em seu lugar grandes "espigões" para futuros lucros.
A alegria das bocas-de-leão no jardim terminará com os raios mornos sendo levados pelo pôr-do-sol.
A barriga parará de doer depois de rires daquela piada que eu já contei cerca de quarenta e sete vezes para ti.
O braço esquerdo de Eleonora não roçará no braço direito de Ângelo, e ela chorará durante três anos pela falta dele e por mais que ela queira encontrá-lo no final do dia na cama quente só conseguirá tocar com as pontas dos dedos a ausência dele.
O pó de café extraforte acabou mais cedo essa semana, fomos até o mercado e constatamos um preço exorbitante, não haverá como comprarmos mais, então usaremos nescafé e "bateremosbateremosbateremos" até sentirmos um gostinho talvez bem pouco do expresso que estamos habituados.
E até o poço, que o menininho julgava ser infinito, descobrimos ter um fim quando retiraram de lá aquela boneca de pano com olhos de botões esverdeados.
A última linha do roteiro do filme de amor foi escrita e não descreveram o beijo dos dois personagens que passaram a história toda se amando. Ficou o fim selado com um baixinho e triste: "Até logo, garota".
Mas por favor entendas logo, o meu amor por ti é "ad eternum".


Autoria.: Arthur Brito.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

* A carta que nunca te entreguei *


Olá,
não irei ao encontro de hoje.
Não irei porque morro de medo de ti.
Tenho pavor da idéia de abrir uma porta, te encontrar do outro lado e ter certeza que quero passar a minha vida contigo.
Então prefiro não abrir a porta.
Prefiro pensar o quanto seria bonito nós dois.
Mas me desculpe, hoje não irei.
Queria apenas sonhar pra sempre com a possibilidade de te encontrar hoje.
Levaria três gérberas amarelas (e diria que amarelo é cor da amizade. Mentiria descaradamente pra ti. Mesmo querendo até que dolorosamente que aquelas gérberas fossem rosas, ou vermelhas que explicariam essa ardência que me consome agora).
Eu gaguejaria teu nome ao falar no interfone (e tu quase não notarias).
Não perceberia o meu nervosismo por causa da tua ansiedade também.Tu abririas a porta, eu teria certeza, tu terias certeza. Mas ficaríamos mudos.Tu me darias um presente. Me daria um livro do Caio. Eu não chutaria o título do livro que me darias de presente. Mas seria do Caio.
Eu pegaria o livro nas mãos, pularia rapidamente pra contracapa. Procuraria uma dedicatória. Não haveria nenhuma. Mas logo em seguida tu falarias:
- Ganhei a aposta.Eu ficaria quente.Eu sou quente, mas ficaria mais quente ainda.
Sorriria um sorrisinho assim apático (e por dentro estouraria em cores, tules, confetes, brocais).
Mas apenas te doaria uma risadinha.Sentaríamos numa grama tão verde quanto teus olhos.
E eu diria que pensei em ti todos os dias (em que não esteve aqui).
Mas não irei ao encontro.
E pretendo te enviar esse e-mail quando ficar um pouco tarde pra eu poder chegar e tu lembrares que nunca faço alguém esperar.
Continuarei por aqui.
Espero que tu sejas feliz, mas bem feliz mesmo.
Que encontre alguém que te inspire poesia, suores, canções, abraços apertados.
Eu não sou a pessoa pela qual tu esperavas.
Eu sou medrosa, desencorajada.
E triste. Desculpe.
Te procurarei numa próxima vida.
Não quando formos gatos, meninos pequenos, cachorros vira- latas... mas quando tu chegares antes e quando eu for mais corajosa.
Apenas saiba que eu te amo (e isso é verdade e apenas hoje terei força pra te dizer isso).
Abraço, eu.

Autoria: Arthur Brito.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Momentos Lúdicos de uma Tarde. (Não Está em Fotos Mas Vive em Nossas Memórias)


Escrevo-te...
Coisas bonitas, coisas estranhas!
Forjo com asas uma verdade.
E com correntes uma mentira.
Que só você teima em não ver.
Com seus olhos verdes quase negros.
Cantarei... Mesmo que desafinado, subtonado.
Eu cantarei !
Para meus irmãos na fogueira
Felicidade de uma tarde que se mostrava nublada e fria.
Mas não o bastante para coagir
Nossos corações pulsantes de meninos.
O inicio, o prólogo de um fim.
Já escrito, descrito, para quando chegar a sua vez.
Não esquecer tudo que já se fez.

"Tenho felicidades.
Felicidades minhas só minhas.
Felicidades alheias por sinal.
Felicidade tamanha que não nos pertence
E que por sinal muitas alegrias ontem se fez"

Amo-te... seja feliz.

Autoria: Arthur Brito.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Solidão.


"Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência
de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
às vezes para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma."

Autor.: Chico Buarque de Holanda.